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Apagão: Desempenho 'abaixo do esperado' de fontes de geração pode ter causado a queda de energia.
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Apagão que ocorreu em 25 estados e no DF em 15 de agosto foi desligamento de uma linha de transmissão no Ceará e a partir daí causou instabilidade no resto do país.
- Por Camilla Ribeiro
- 26/08/2023 12h17 - Atualizado há 1 ano
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) declarou nesta sexta-feira (16) que 'baixo desempenho' de fontes de geração pode ter causado o efeito cascata do apagão que ocorreu em 25 estados e no Distrito Federal na semana passada.
Em relatório precoce, o ONS já havia apontado que o primeiro evento que levou à interrupção do fornecimento de energia foi a abertura de uma linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II, localizada no estado do Ceará.
Segundo o órgão, somente a ocorrência no Ceará não "causaria o impacto visto" no sistema elétrico nacional deixando uma porcentagem grande de brasileiros sem energia.
O operador declarou que a "linha de investigação mais consistente" estabelece que o desempenho abaixo do esperado das fontes de geração próximas à linha de transmissão no Ceará pode ter provocado" todo o processo de desligamentos que aconteceram em seguida".
"Após aprofundar as avaliações sobre os fatos subsequentes ao desligamento da linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II, de propriedade da Chesf e considerada o evento zero da ocorrência, foram encontrados sinais de que as fontes de geração próximas a esta linha de transmissão não apresentaram o desempenho esperado no que diz respeito ao controle de tensão", disse o ONS em nota.
O órgão não indicou quais seriam essas fontes de geração. O ONS declarou também que está testando vários cenários a partir das informações enviadas pelos agentes do setor com o objetivo de chegar às causas do apagão.
A expectativa do operador é tentar reproduzir, em ambiente simulado, a perturbação do 15 de agosto.
Causas do apagão
O ONS fez ontem a primeira reunião com o objetivo de elaborar o Relatório de Análise de Perturbação (RAP).
- O RAP é um documento construído pelo ONS que estabelece as análises do apagão, aponta as suas causas e determina as medidas preventivas e corretivas.
Uma próxima reunião está sendo agendada para o dia 1º de setembro. O RAP deverá ser concluído em até 45 dias contando a partir de 16 de agosto.